segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Uma noite no Museu

Primeiro eu atesto que sim, sinto vergonha do título dessa postagem. Mas entre todas as idéias que eu tive, nenhuma tinha sido melhor do que essa. O final de semana eu passei em Náhlov e, como sempre quando vou lá, foi altamente divertido. Imponderado, inesperado, imprevisível e divertido.
Nesse final de semana foi inaugurada uma outra parte da exibição do Museu dos Compatriotas Emigrantes no Brasil, o mesmo museu que eu trabalhei em minha dissertação. Então saí de Praga sábado a tarde para ir me divertir e ajudar nessa festa. Petr, dono do museu, tinha me requisitado preparar caipirinhas e qualquer amigo meu sabe que sou extremamente talentoso nesse processo (como tonalidade vocálica não aparece em blogues, quero deixar registrado aqui que houve ironia na confecção dessa frase).



A festa foi um sucesso (Para ver fotos clique aqui), todos tomaram as caipirinhas, teve feijoada, teve quibe, teve pão de queijo, teve capoeira e música brasileira interpretada por um violonista daqueles que me faz ter vergonha de ter um violão em casa. Quando essa parte das festividades teve fim, começou o 'lado b' das comemorações: nós que tínhamos ajudado sentamos para tomar um pouco de cachaça com limão, vinho, Merunkovice (destilado de damasco), Hruškovice (destilado de pêra) e cerveja. As discussões foram de Governo PT, passando por Apartheid e chegando ao ciganos europeus.

Esse momento se estendeu até as 3:30h da manhã, bem perto dos aquecedores e terminou com a belíssima cena de Eva e eu comendo resto frio de feijoada, vinagrete e farofa com colheres de sobremesa direto da panela. O domingo chegava e a gente tinha que voltar pra casa....
Não tem ônibus que sai de Náhlov. Não tem trem. Não tinha carros suficientes para nos dar carona e, então, Eva, mais dois companheiros e eu, resolvemos que a melhor opção seria caminhar até Stráž pod Ralskem e a partir de lá tomar um ônibus para Praga. Esse plano seria perfeito, se não fossem quase 11km de caminhada. 






Mas a verdade é que, tirando um certo cansaço em demasia ontem a noite e uma enorme dor no corpo hoje, a caminhada foi bastante divertida. Passamos por casinhas que eu moraria facilmente, por monumentos, por ciclovias, e até mesmo a viagem para Praga foi tranquila.


Como disse, mais uma visitar Náhlov foi imponderado, inesperado, imprevisível e divertido. Bastante divertido.

A maioria das fotos não são minhas e, algumas eu não tenho certeza de quem foi o fotógrafo. Mas sei que tem algumas que foram tiradas pela Cíntia, outras pela Lucy - novos amigos tcheco-brasileiros ou tupy-tchecos, não sei como definir. Se algum fotógrafo não tiver sido contemplado com o nome, é só gritar que eu referencio.

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