sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Uma caminhada noturna pelo centro

Hoje meu melhor amigo foi o Sr. Gellner. E, apesar de ter sido sim um dia divertido - poucas pessoas podem escrever um texto tão denso de uma maneira tão divertida, aposto - não me parecia que ficar em casa nesta noite, sozinho e sem cerveja, seria um boa ideia. Resolvi sair pra caminhar. Planejei pegar o metro, saltar em Karlovo náměstí e, acompanhando o rio, chegar até Náměstí Republiky.

Seria uma boa caminhada. Imaginei (o que de fato se concretizou) que seriam umas duas horas caminhando bem devagar. 
O frio, para mim, estava bem gostoso, mas eu estava com três blusas mais o cachecol, que eu não saio de casa sem. O divertido de andar sozinho pela cidade assim é que você pode prestar atenção em algumas coisas e ouvir a cidade de um jeito que acompanhado não acontece. Ouvi espanhol, ouvi algo que eu tenho quase certeza ser alemão ouvi brasileiros planejando a noite com "duas loiras lindas", segundo eles. E muita gente um pouco tonta olhando para o Castelo todo iluminado do outro lado do rio.




Eu gosto realmente de caminhar pelas ruas. Pode ser o resultado de ainda ser tudo um pouco novidade para mim, mas acho que o fato dos lugares serem convidativos para um passeio também ajuda. Na beira do rio, vários bancos em que a gente pode ficar sentado e olhando para uma paisagem assim, ajuda a qualquer um querer caminhar.

De repente eu resolvi me perder um pouco e me jogar pra dentro da cidade velha. Entre uma viela e outra, sem mais nem menos estava ao redor de Staroměstské náměstí e, de novo, não era hora do relógio bater as horas...


E ainda é possível encontrar algumas árvores ainda soltando as folhas.

O centro é sim muito charmoso. Quero muito sair um dia pra caminhar por onde existem os barracões abandonados das fábricas e por volta dos conjuntos habitacionais que eu falei. Mas o que eu mais gosto do centro de Praga são os prédios re-significados pelos artistas de rua. Não é demagogia: adoro uma parede pichada.

A verdade é que cansei, e a viagem de volta pra casa foi sentadinho no metrô, pensando nas escadas que teria que subir até chegar ao apartamento. Mas aí fiz um amigo e viemos conversando no chacoalhar do vagão.

Amanhã tem Stiff Little Fingers. Até...


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